sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Esse desconhecido amor...



Estava analisando.Em crônicas passadas eu falava da carência do ser humano de amor. Como isso vem diminuindo entre as pessoas. E de repente dei-me por conta lendo uma reportagem sobre o MADA( Mulheres que Amam Demais Anonimas).
Um grande paradoxo isso, afinal. Pois em um mundo onde achamos tanto desamor, de repente, deparar-se com um problema chamado " amo demais...", e aceitar que isso é uma doença.(!!!???)
Deveria existir um meio termo. Em tudo. O excesso de qualquer coisa é prejudicial.
Uma mulher que ama demais perde sua auto-estima. Perde sua meta, sua essência.
Lá vai uma história que venho acompanhando a anos: Uma mulher, hoje com 43 anos, bonita pra sua idade. Separada, dois filhos adolescente. Separou-se após anos sofrendo agressões fisicas do marido. Segundo ela, não o deixava por medo de apanhar mais, ela sendo só aqui em são Paulo, sua familia toda no nordeste.
Contou-me muito superficial sobre essas agressões. Em uma ocasião, chegou a desmaiar de tanto que teve a cabeça batida na parede.Que já começava a chorar ao ouvir o carro entrando na garagem. Foram anos de terror.
Tomou coragem, e um dia, foi a delegacia da mulher, deu parte do sujeito. Foi ameaçada, inumeras vezes, até que ele foi embora.
Esse trauma vivido, deixou nela sequelas psicologicas irreversíveis! E ela nunca se deu conta. Antes de se envolver com outro homem, buscava a ficha criminal dele, escondido, claro. E dizia que a maioria tinha uma ocorrencia ou outra. Que tinha o 'dedo podre' para escolher homens. Ate que um dia, encontrou um senhor viuvo, bem mais velho, aposentado. Hoje já deve estar com uns 60 anos. Dizia ela que ele parecia o homem perfeito. Incentivava-a a estudar, a tirar carta, a falar melhor ...
Mas ele era manipulado pela filha, pelo filho...e ela não suportava dividi-lo, queria estar com ele, mas os filhos dele sempre davam um jeito de arrumar algo na emergencia que tirasse ele de perto dela.
Bom, se é verdade ou não, não sei, estou postando o que ela me contava. Nunca se conformou, pois a filha era mãe solteira e deixava sempre o filho em casa para que ele cuidasse enquanto ela ia para as noitadas.
Nessa noitadas, a filha divertia-se, ela descontrolava-se ao telefone com ele, depois tomava diazepan para dormir, e no dia seguinte so sobrevivia com muito anti depressivo.
Dizia que não tinha força para deixa-lo, mesmo porque, se ele fosse embora, ela poderia arrumar outro que batesse nela como o primeiro marido.
Como ela sofria...de me ligar nas madrugadas...sempre tive medo dela fazer besteiras.
Bom, ando trabalhando muito, e nesses dois ultimos meses mau conversamos. Hoje ela apareceu aqui.
Com os olhos estatelados, e um teste de farmacia na mão...quero que faça pra mim...fiz...e?...POSITIVO.
Eu a abracei...ela chorou..disse que logo agora que tinha tomado a decisão de seguir sozinha...
Olhei seriamente pra ela...Respondi.." Independente do pai dessa criança, Deus arrumou uma forma de nunca estar sozinha...Daqui pra frente, terás um bom motivo para seguir em frente, porém , nunca mais estara só..."
Só hoje, ela ja me ligou 5 vezes...a perguntar-me.." Katia, e se..."..."Mas será que...", " Vc não acha que seria melhor...", " Qual a possibilidade de haver erro, porque.."
Não tenho todas as respostas, muito embora, o que mais peço a Deus é sabedoria e discernimento. Sofro e temo pelo medo de caminhos errados.
Mas hoje, só posso recorrer ao um grande e fiel amigo para as duvidas dela e minhas.. " O tempo...somente ele dirá..."
Jinhussssss


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