sábado, 28 de fevereiro de 2009

Enganar e sobreviver.


Fico muito triste com isso... O tempo todo pessoas a enaganar-se para fazer um relacionamento sobreviver. Pessoas que constroem um castelo com montes de torres, com direito a princesa abanando um lenço numa delas. Uma onda, um vento mais forte, desmoronou... E mais uma vez, volta contruir seu castelo, no mesmo lugar, sem tantas torres. Mais um tempo, uma onda mais branda, um vento mais forte, e desmorona de novo. Passa mais um tempo, ainda estamos no mesmo lugar! Construindo qualquer coisa que mais parece uma oca ou um igloo, com apenas uma abertura. Não nos damos conta que estamos sempre a construir no lugar errado, onde a onda arrebenta. Onde o vento faz a curva mais forte. Mas insistimos, porque ali nos alicerçamos. A fundações estão ali, e um dia, começamos a questionarmos porque de nossa insistencia? Porque não mudamos para mais longe do mar? Porque não protegemos mais contra o vento? E quantas vezes nos damos conta disso tarde demais?
Minhas portas estão sempre abertas para ouvir. O que ouço, esqueço, mas não deixo de aprender jamais! 5 anos atrás conheci essa mulher. Descrevendo-a: Nada de bela, embora não fosse feia, falava muito do mesmo assunto tentando mostrar-se conhecedora do assunto e escondendo uma timidez, que para mim era nítida. Casada, 2 filhos. Eu sempre deixava ela falar, e falava com dominio aparente do assunto, que eu derrubava numa primeira pergunta mais profunda. Sentia-se feia pro marido LINDO que tinha. Um dia, cheia da razão iniciou o assunto a dizer que não aceitava... Que havia orado a Deus e não aceitava que o carro comprado pela familia em sei la quantas prestações com muito sacrificio, sem condições de pagar seguro, tenha sido furtado. Não, não aceitava aquilo de Deus. Se revoltou, falou, chorou... Por fim, eu que me mantinha ainda impassivel, disse a ela.. Olha, queria tanto ter esse problema... não quer trocar? EU ACEITO que Deus me tire o carro, se eu não precisasse ir para onde vou amanhã! E ela(achando que eu zombava) perguntou: Pra onde vc vai?... Amanhã estou indo pro isolamento do hospital do cancer, onde acontecera um Transplante de medula óssea...e eu aceito, porque se minha missão é estar lá, sei que Ele so escolhe os valentes!
Envergonhada, ela saiu. Passaram-se bons tempos. E uns dias atras a vi passar. Toda enfeitada, maquiada. Sexto sentido danado o meu... Ontem, sentada em frente ao ventilador ela entra. A dizer que ta numa fase de questionamento. Pois o marido, NUNCA havia dado tanta atenção a ela (jurava te-la ouvido dizer que ele era perfeito), que o marido já tinha deixado passar tantas oportunidades na vida por comodismo (Tinha a certeza de te-la ouvido fazer uma lista das qualidades de homem trabalhador)... Na cama, ele nunca a satisfez totalmente (ele era o vulcão)...
Fui direta, não gosto mesmo de rodeios. Perguntei-lhe se ao começar a trabalhar ela finalmente tirou o tapa olhos e enxergou o mundo... e que havia alguem que ela tinha encontrado. Ficou vermelha na hora. Reencontrara o primeiro namorado.
Bom, posto isso porque vim embora me perguntando porque ela se deixou enganar por tanto tempo por ela mesma? Para que sobrevivesse o que ?? E tentar convencer quem dessa fábula? Quem na verdade não se importa, a fazer aparencia pra familias e vizinhos... É lamentável! O tempo não volta atrás... Não há concerto para o que se deixou passar. Há mais fraturas e mais dores. Há inocentes!
Por isso, quero viver de realidade! Não me falem em ficção, quero auto biografias. Não aprendo com mitos, mas extasio-me com a 'Moral da história...'
Sou uma questionadora de plantão...
Jinhusssssssss

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Esse desconhecido amor...



Estava analisando.Em crônicas passadas eu falava da carência do ser humano de amor. Como isso vem diminuindo entre as pessoas. E de repente dei-me por conta lendo uma reportagem sobre o MADA( Mulheres que Amam Demais Anonimas).
Um grande paradoxo isso, afinal. Pois em um mundo onde achamos tanto desamor, de repente, deparar-se com um problema chamado " amo demais...", e aceitar que isso é uma doença.(!!!???)
Deveria existir um meio termo. Em tudo. O excesso de qualquer coisa é prejudicial.
Uma mulher que ama demais perde sua auto-estima. Perde sua meta, sua essência.
Lá vai uma história que venho acompanhando a anos: Uma mulher, hoje com 43 anos, bonita pra sua idade. Separada, dois filhos adolescente. Separou-se após anos sofrendo agressões fisicas do marido. Segundo ela, não o deixava por medo de apanhar mais, ela sendo só aqui em são Paulo, sua familia toda no nordeste.
Contou-me muito superficial sobre essas agressões. Em uma ocasião, chegou a desmaiar de tanto que teve a cabeça batida na parede.Que já começava a chorar ao ouvir o carro entrando na garagem. Foram anos de terror.
Tomou coragem, e um dia, foi a delegacia da mulher, deu parte do sujeito. Foi ameaçada, inumeras vezes, até que ele foi embora.
Esse trauma vivido, deixou nela sequelas psicologicas irreversíveis! E ela nunca se deu conta. Antes de se envolver com outro homem, buscava a ficha criminal dele, escondido, claro. E dizia que a maioria tinha uma ocorrencia ou outra. Que tinha o 'dedo podre' para escolher homens. Ate que um dia, encontrou um senhor viuvo, bem mais velho, aposentado. Hoje já deve estar com uns 60 anos. Dizia ela que ele parecia o homem perfeito. Incentivava-a a estudar, a tirar carta, a falar melhor ...
Mas ele era manipulado pela filha, pelo filho...e ela não suportava dividi-lo, queria estar com ele, mas os filhos dele sempre davam um jeito de arrumar algo na emergencia que tirasse ele de perto dela.
Bom, se é verdade ou não, não sei, estou postando o que ela me contava. Nunca se conformou, pois a filha era mãe solteira e deixava sempre o filho em casa para que ele cuidasse enquanto ela ia para as noitadas.
Nessa noitadas, a filha divertia-se, ela descontrolava-se ao telefone com ele, depois tomava diazepan para dormir, e no dia seguinte so sobrevivia com muito anti depressivo.
Dizia que não tinha força para deixa-lo, mesmo porque, se ele fosse embora, ela poderia arrumar outro que batesse nela como o primeiro marido.
Como ela sofria...de me ligar nas madrugadas...sempre tive medo dela fazer besteiras.
Bom, ando trabalhando muito, e nesses dois ultimos meses mau conversamos. Hoje ela apareceu aqui.
Com os olhos estatelados, e um teste de farmacia na mão...quero que faça pra mim...fiz...e?...POSITIVO.
Eu a abracei...ela chorou..disse que logo agora que tinha tomado a decisão de seguir sozinha...
Olhei seriamente pra ela...Respondi.." Independente do pai dessa criança, Deus arrumou uma forma de nunca estar sozinha...Daqui pra frente, terás um bom motivo para seguir em frente, porém , nunca mais estara só..."
Só hoje, ela ja me ligou 5 vezes...a perguntar-me.." Katia, e se..."..."Mas será que...", " Vc não acha que seria melhor...", " Qual a possibilidade de haver erro, porque.."
Não tenho todas as respostas, muito embora, o que mais peço a Deus é sabedoria e discernimento. Sofro e temo pelo medo de caminhos errados.
Mas hoje, só posso recorrer ao um grande e fiel amigo para as duvidas dela e minhas.. " O tempo...somente ele dirá..."
Jinhussssss


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Vida de mulher

Ontem, em pleno feriado, estava a ler uma crônica muito bem escrita por sinal, por um advogado aqui da baixada santista, Dr. Vicente Cascione. Escreve há anos cronicas para um jornal local.
Nela ele exaltava a mulher, numa clara homenagem a nós, que temos de longe a responsabilidade de gerar, alimentar, uma vida em nosso ventre. O que seriam dos homens sem a força da mulher em aguentar um parto para colocar no mundo os homens?
Que, com toda força que tenha, seria incapaz de aguentar a dor do parto, e carregar 9 meses um novo ser em seu ventre sem deixar de ser profissional, mulher, amigas, e ter o previlegio do sexto sentido que nos foi dado por merecimento?!!
Quem acompanha meu blog, sabe que não sou feminista nem levanto bandeiras, mas achei a cronica escrita com muita sensibilidade, ja que partia de um homem.
Nele, ele citava o homem como o ser cheio da força bruta, com suas conquistas e invenções... mas limitava essas conquistas a sua força física e á inteligencia que nos difere dos demais animais.
Comentava sobre o Rei da selva, Tarzan, que com seu grito espantava inimigos... com sua força, conquistava territórios, defendia sua casa.
E quanto a sua comapnheira Jane? O que dela se dizia? Ora, se ele saia, a caçar, a defender o território, ela ficava exposta a ferozes animais selvagens. Alguém já parou pra pensar quantas vezes ela precisou de usar seu sexto sentido, e afugentar o perigo que rondava seu lar? Quantas vezes após uma conquista ou uma batalha, ela aninhou e acarinhou aquele homem em seus braços? O quanto deveria ser reconfortante para esse homem voltar para sua casa e ter uma mulher a sua espera, para ser cuidado, amado?
Paralelo a essa cronica, lembro de ter lido outra cronica de Arnaldo Jabour, sobre o que é ser um Mulherão.
Um mulherão não é aquela mulher de corpo perfeito, de cabelos impecáveis, que faz dieta a vida inteira, que não se deixa acarinhar para não despentear seus cabelos que acabou de ser arrumado no salão. Mulherão, não é quela mulher que só come comidas light e diet, que faz dietas e fazem seus maridos acompanhar. Mulherão não é aquela muher que exige uma plástica por ano para não ter críticas de amigas.
Ele define mulherão, como aquela mulher que acompanha seu parceiro no chopp do fim de semana. Que não se importa de sair na chuva para não embaraçar os cabelos, dizendo ele, acha muito sexy uma mulher de cabelos molhados, o senso de humor que tem, faz com que esqueça os quilinhos a mais que muitas vezes somente ela vê.
E já vai longe aquela história de que por trás de um grande homem, há uma grande mulher! Já está mais do que provado, que uma grande mulher anda ombro a ombro com seu companheiro. Que luta pelo dia a dia a dois, que defende seu lar com a garra e a sensibilidade que a nós foi dada.
Podemos viver sós, acompanhadas, mas seja qual for a escolha feita, temos competência de sermos. Somos leais a nossos valores, até que nos provem o contrário.
Estatisticamente , quando um relacionamento acaba, não por traição de alguma das partes, o homem é sempre o primeiro a arranjar uma nova companheira, seja essa para aquecer sua cama, lavar suas roupas, fazer sua comida... Falo de amantes, mães e empregadas que eles de cara são obrigados a ter.
A única coisa ruim no 'ser mulher' é a doação que fazemos de nós mesmas em prol da vida a dois, em prol do parceiro. Se alguém tiver que abrir mão de algo, sempre será a mulher. Mas a natureza feminina explica isso. A sensibilidade e a certeza que abrir mão não significa anular-se, mas sim, adiar temporariamente um sonho, somente nós mulheres, podemos carregar.
Nossas frustrações muitas vezes torna-se depressão. Que fragilizadas, deixamo-nos entranhar.
Deixo aqui postado hoje, minha admiração a essas mulheres, maravilhosas, que fazem da vida do seu parceiro, a diferença do seu dia a dia.
Parabéns a nós!!! Com meu sincero orgulho de me encaixar no padrão de "uma grande mulher"!
Jinhusssssss



Afinal é carnaval!


Queria postar algo alegre, afinal, é carnaval !!''..diz uma samba enredo: " ..e nesse dia ninguém chora..."
Porque? É cultura, explosão e paixão. Orgulho de um país, de uma nação. Nosso povo formado por uma mistura de raça, cultura, costumes...um país aberto a tantos e todos. Cada um acha-se um pouquinho daqui ou um pouquinho aqui.
E vem aos milhares ' ..para ver a tribo se balançar, o chão da terra tremer...".
E o encanto leva mulatas maravilhosas juntos com escolas de samba completa para apresentação em seus países. Nossa alegria exportada...a beleza e sensualidade exportada...mas essa última, confundida e rimada com 'explorada'
Portanto, somos exportadores de samba, mulatas e futebol. E importadores de culturas e adaptações á hábitos em nome de algo que nem sabemos muito bem o que significa...Um exemplo: " Haloween" .
Até quando precisaremos de misturar nossa cultura para sermos melhores vistos??
'Gigante pela própria natureza.." e esse ser gigantesco tem que se dobrar por dividas externas, adquiridas no Brasil-colônia.
Engolirmos que fomos " descobertos'...Não! Definitivamente Não...Aceitável dizer que fomos aprimorados e aprimoradores de uma cultura. Não fomos descobertos. O Brasil sempre existiu. SEmpre cá esteve. E desde seus primordios foi defendido com unhas e dentes contra exploração ...de um ou outro país...por interesse proprio...
Para hoje sermos discriminados. Afinal, Pra cá eram mandados todos aqueles que cometiam infração grave em seu País..Eram mandado para ' o quinto dos imfernos'...o quintal do mundo...
'Mas se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge á luta, nem teme quem te adora á própria morte...Terra adorada..."
Será que ainda encontramos brasileiros a essa altura? Tenho orgulho de ser brasileira, da minha terra, da minha gente.
Sei que por vezes o que a mídia 'exporta', é sempre o pior...mas a própria mídia é incapaz de passar o calor humano e a alegria da qual desfrutamos, e não nos importamos em dividir.
Venham de onde vier.Cheguem de onde chegar...Sejam bem vindos, somos anfitriões da alegria ...simpatia ...oportunidade.
Jinhusss (verde e amarelo)




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Não passei na fila...


Costumo dizer que antes de vir ao mundo não passei na fila disso que chamam timidez. Nem sei o que é isso. Não me lembro de ter vivido uma situação que tenha deixado-me encabulada ou envergonhada.
Na faculdade, lembro-me dos seminários que apresentava.Um grupo inicial de 8 pessoas, uma trocava slides, outra segurava cartazes, enfim... o conteúdo verbal era sempre meu, o seminário todo.
Numa dessas ocasiões, já no 4º ano, nosso tema era sobre mitilicultura (criação de marisco no litoral). Nosso grupo era formado por 3 pessoas que desde o primeiro ano estavam juntas. Chegou-se a nós 2 garotas, que eram extremamente tímidas, pedindo para fazer parte do nosso grupo.Elas simplesmente não conseguiam falar... por mais que decorassem o texto, na hora, sempre travavam, dava branco.
Lembro-me até hoje, que o professor obrigava todos os componentes a falar, caso contrário, o grupo seria penalizado. Por isso, as meninas pediram para entrar no grupo, já que os demais grupos não entendiam esse problema sério delas. As outras duas, de cara, disse que não, pois certamente nossa nota (que em seminário sempre foi uma das melhores) cairia.
Fui para casa sentindo-me mal. Sabia do problema delas, também sabia que ambas precisavam de notas, e depois de tantos anos, sabia que ambas tinham problemas serios em se expressar, mas, era voto vencido, fazer o que?! Duas contra uma. Pior, caberia a mim, comunicar no dia seguinte que nós não a aceitariamos no nosso grupo.
Tentei colocar-me no lugar delas, mas confesso que não via dificuldades em falar em público, mas não faz parte da minha personalidade deixa-las na mão. Afinal, a vida é como uma roda gigante, hoje tamos lá em cima, mas poderia mais tarde precisar dela, afinal, no campo profissional, ninguém sabe o dia de amanhã.
Estudei o trabalho a noite inteira... tentei achar uma forma de encaixa-las. La pelas 3 e tal da manhã surgiu-me uma idéia, que a mim, pareceu bem original, e resolveria esse problema.
Existe a distinção sexual do marisco macho e do marisco fêmea. Podíamos elaborar uma fantasia de marisco macho e marisco fêmea, colar por dentro da fantasia a fala de cada uma, onde ao abrir e fechar suas valvas (como se estivessem falando) elas demosntrariam sem olhar para ninguém, ocultas pela fantasia, salientando essas diferenças. Cheguei cedo, com a figura da distinção sexual de cada um dos mariscos e expus minha idéia para as outras.
A princípio, elas acharam que a apresentação viraria um circo, não seria levada a sério, mas argumentei em cima do fator 'criatividade', e elas se convenceram. Ufa! Primeira parte ok. Esperei pelas outras duas... expus meu plano, elas se riam, não estavam acreditando naquela maluquice. Mas enfim, depois de entenderem que minha proposta não era ridiculariza-las, mas sim, com criatividade ajudá-las, não tiveram muita escolha.
Foram duas noites elaborando e salientando a diferença entre cada marisco. Elaborei um diálogo entre elas, e colei na parte de dentro na altura dos olhos de cada uma.
Bem, começou nossa apresentação, a três... cada uma a falar de uma caracteristica, sazonalidade, tecnica de cultivo, mapas dos locais, interferencia da mare.
E chegou a grande hora... Onde eu dizia, que existia esse dismorfismo e caracteristicas que seriam apresentado pelas outras componentes. Abri a porta da sala, e as guiei ate o centro...
Não tiveram a menor dificuldade em coordenar as falas , o abrir e fechar das valvas...resultado: após alguns risos iniciais, o silencio tomou conta da sala, o pessoal não acreditava no que via.
Aplausos de pé, e... nota 10.
Hoje, lembrando disso, confesso que ainda acho muita graça, mas sinto-me bem por de alguma forma te-las ajudado a superar nem que momentaneamente algo tão sério.
A partir dali, comecei a respeitar ainda mais isso que chamam de TIMIDEZ.
A encarar como um problema que pode afetar diretamente a vida de uma pessoa. Elas iam desistir, coitadas, mas se formaram! Não comigo, na primeira turma.. uma demorou dois anos depois, e outra pediu transferencia para outra universidade e hoje não tenho notícias.
Nunca tive problemas em falar em público, e falar com pessoas desconhecidas, a brincar com quem não conheço...
A expor meus sentimentos de uma forma nua e crua- certo que nem sempre isso é bom, a total ausência da timidez também não é boa.
Falo fácil demais sobre o que sinto, sobre o que penso... Só tomo cuidado para que o meu falar nao ofenda ou magoe a quem me ouve, pois de resto, expresso-me de forma livre, sem pudores.
Dizem que timidez é uma especie de insegurança, Uma especie de repressão, uma especie de disturbio que pode levar a fobia social...
Dizem, leio... mas não provei, não sei bem do que falo... e o mais importante, que passei isso aos meus filhos como herança. Sei que nenhum deles tem medo de expressar sua indignação perante a uma injustiça, ou expor um trabalho bem estudado a frente da classe.
Por fim, no ultimo ano, fomos chamado pelo professor mais 'ranheta' que tinhamos, a falar sobre Ranicultura como seminário, mas tendo que apresentar para todos os alunos desde o primeiro ano, no auditorio da faculdade. Aquelas duas , sempre comigo, tremeram na base... Eu adorei o desafio. Fui a fundo no tema. Amei aquilo!
E por fim, mais um 10. O professor levantou-se e disse a todos, em especial aos calouros... Exijo esse n´vel de apresentação em todos os meus seminários. Que sirva como exemplo.
São lembranças gostosas, mas penso em quantas pessoas timidas que teriam problema para uma simples apresentação...
Perdoem o tema, desconheço, mas essa história foi de puro saudosismo.
JInhusss



domingo, 22 de fevereiro de 2009

William Shakespeare

Peço licença a vocês que acompanham meu blog para dividir algo LINDÍSSIMO que estava ler: Shakespeare, Que me levou a minha crônica.
Minha inspiração hoje, veio sobre determinadas crueldades do ser humano. Não se preocupem: Não vou falar dos animais e maus tratos (não que isso não me importe, porque me revolta... E dois dias de cronicas seriam poucos para falar a respeito). Estava mesmo observando que as pessoas conseguem ser cruéis por vaidade.
Exemplo de uma das historias ouvidas num salão: "...ele disse que apesar de coroa e de EU ser mais bonita que você, contigo ele namoraria..."
Exemplo de uma pessoa doente aos seus familiares que nunca o abandonaram: "...fácil falar, pois vocês não estão aqui no meu lugar, não sabem o que é sofrer..."
Penso que todos nós temos o direito de nos expressar, não há dúvidas.
Temos o direito de expressar nossas dores, nossas angústias, nossas frustrações... Mas nada... NADA, justifica ser cruel ao seu semelhante.
Vejo quanto é necessário as palavras em nossas vidas. O ser humano anda carente de amor, compreensão...Tem palavras que abrem portas. Tem palavras que abalam uma vida inteira por sua crueldade.
Entendam: A que dizemos, mas também a que calamos... Aquelas que saem num simples olhar mas, também aquela que saem no silêncio de uma lágrima (esta, é a mais dolorosa...) Aquelas que saem sobre a capa do sorriso maldoso.
Ás vezes, não sei se me faço entender bem, mas não é de fato o que foi dito que me ofende, porém a MANEIRA como aquilo foi dito.
Trabalho desde cedo. Meu superior no meu primeiro emprego (o dono mesmo do estabelecimento) sempre dizia antes de desligar um telefonema ou antes de ir embora dirigindo-se um a um dos funcionários, " Obrigado!". Minha imaturidade, inexperiência me fazia sorrir (cruelmente) e pensava:" ...tem que agradecer mesmo, nós que tocamos isso aqui... "Isso era ser cruel! Nos trabalhávamos lá para ele sim. TOCÁVAMOS a firma... mas, ele nos pagava por isso, não atrasava suas obrigações. Quando me dei conta, perguntei-me "Porque será que ele dizia "Obrigado?"...Quantas portas, pontes e qual seria a melhor maneira de dizer" ..confio em você sei que estão a fazer o seu melhor.." O OBRIGADO , era por isso.
E é nesse momento que entra Shakespeare...Não que nunca tivesse lido, mas digamos, li de uma forma diferente o que ele escreveu em " DEPOIS DE ALGUM TEMPO":
"...Aprende que quando está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel..."
Bom, até aqui, deixo minha cronica de hoje, a seguir apenas Deixo postado Ele... Shakespeare.
JINHUSSSSSSSSSSS
DEPOIS DE ALGUM TEMPO
por William Shakespeare


"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se,e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com graça de um adulto e não a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão."
"Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que, não importam quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoa-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la.
E que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá para o resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos."
"Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser.
Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados."
"Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva, tem direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo."
"E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você junte seus cacos.
Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais.
E que realmente a vida tem valor diante da vida !!!"

Shakespeare













sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ser normal.



Afinal, o que é ser normal? Outro dia ouvi de uma amiga que tenho, um modo 'alienigena' de ver as coisas. Hoje, parando bem pra pensar, acho que ela quis dizer que não estou dentro do padrão do que se chama "NORMAL". Tá, ok não sou normal... E o que é ser normal? É agir de forma diferente que a maioria agiria? Hum... não, talvez aqui seja mais apropriado o adjetivo 'rebelde'. Ser normal pra mim, é ser você mesma, desde que não se prejudique ou aos outros. Não sigo nenhum bando de pessoas empossadas de bandeiras. Nenhum tipo de grupo que tenta levar seja lá o que for para os que ao seu lado estão. Temos duas opções: Tentar se enquadrar no padrão da maioria de NORMALIDADE e com isso você esta agredindo sua essência, ou seguir sua essência e deixar de se preocupar de encaixar-se em algum padrão pré estabelecido.
Se eu fizesse parte de uma outra cultura, seria normal dividir o marido com outras mulheres. Mas se dividir o marido com outras mulheres onde estou, não sou normal.
Se eu fosse de uma tribo indigena, seria normal matar um dos filhos que nascem gêmeos. Mas se faço isso na sociedade que vivo, sou psicopata assassina portanto, anormal.
Falo sozinha de vez em quando, dou risada sozinha de coisas que se passaram alguns dias atrás. Não sou canhota, mas em algumas culturas, aqueles que eram, tinham sua mão esquerda enfaixada... Isso é normal. Em algum país oriental, as mulheres enfaixavam seus pés desde pequenas, quebrando os artelhos, ficando com os pés totalmente deformados, pois os homens gostavam de mulheres de pés pequenos... isso é normal, cultural... Em alguns países africanos, várias meninas são mutiladas. Tem seus clítoris cortados com cacos de vidros, pois não é normal a mulher ter prazer... Muitas morrem de infecção, mas se a morte vier por essa circunstancia, a morte é normal...(!!!??)
Não me encaixo nos exemplos acima. Não acho NORMAL nada do que descrevi acima... E poderia citar muitos outros exemplos, que não é cultural. Vamos a eles?
Injustiça, guerra por poder com matança de inocentes, crianças passarem fome, políticos viverem de milhões e fazer um pai de familia sustenta-la com 1 salário mínimo, bebendo champagne enquanto nem agua potavel muitos tem...
Quero ser normal. Mas quero ser normal dentro da minha própria definição de normalidade.
Sou capaz de ser feliz dentro da minha definição de NORMAL. Ser normal é ter minha essência própria. É ouvir, observar, ajudar, amar, não julgar... não ter conceitos pré estabelecidos sobre uma história. Quero ouvir os dois lados dessa historia para formular minha opinião.
Quero escrever sobre sentimentos, pensamentos, experiencias vividas e ouvidas... Quero aprender, se puder (não que seja minha pretensão) ensinar.
Quero, enfim... Quero ser Eu.
Jinhusssssss

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fast-food


Estava a ver umas fotos da década de 40 e 50, em comemoração as cidades litorâneas. O que mais me chamou a atenção foi um detalhe, que deixou-me a pensar...
Nelas, apareciam fotos de pessoas nas ruas. Pessoas comuns, em meios e lugares onde hoje são construidos grandes armazéns e enormes edifícios que dantes não haviam.
Até ai, normal... é a evolução. Mas na maioria delas, pouco se via pessoas obesas. Crianças obesas.... Pouco? Não. Nenhuma. Não me recordo mesmo de ver pessoas acima do peso.
Isso sim, chocou-me... O que nos trouxe a evolução de ruim? Porque isso hoje em dia não acontece?
Não é questionamento de beleza! Estou a falar da nossa falta de tempo... nos falta tempo hoje de irmos as nossas casas preparar almoço, pois na verdade, nós mulheres não estamos em casa para fazer o almoço, estamos também a trabalhar. Enchemos nossas casas de embutidos, enlatados, congelados... Qual o lanche que mandamos aos nossos filhos? O mais pratico, claro. Não temos mais tempo para nos preocuparmos se estamos mandando salgadinhos com refrigerantes. Isso passa a ser um mero detalhe na nossa vida corrida. Nossos maridos podem comer algum lanche na esquina, ou numa comida a kilo... onde vão encher-se de gorduras e carboidratos, além do refrigerante para acompanhar...
Penso na minha Vó... No cheiro do feijão com louro que fazia. Na outra vó, que ralava seus dedos junto com a espiga para um cural ou uma pamonha, o mais natural possivel.
Ah, pra que ralar o milho? podemos comprar o pó para fazermos o cural...Que delicia a praticidade, mas... a que preço?
Quantos estabilizantes, corantes, conservantes estamos ingerido e fazendo nossos filhos ingerir? Maus hábitos em troca de tempo, e o tempo (aquele a longo prazo) nos mostra filhos e maridos obesos. Nós mesmas a reclamar... "Pra quê fazer janta?" Que tal o Lanche pronto da esquina? E a sobremesa? Um sorvete cai muito bem... Pra quê perder tempo a fazer massas? La vem a lembrança da minha vó de novo... Uma cozinha toda enfarinhada com duas ou três mulheres juntas a fazer o NHOC caseiro... e que delicia! O molho? Tomates no liquidificador...
Li, não sei onde, que somos o que comemos... anemicos, gordos, raquiticos... Quantos casos de osteosporose aumentaram? E câncer? A alimentação é um dos fatores mais importantes para qualquer doença, e como vem aumentando o numero de doenças e doentes? Problemas articulares, por sobrepeso, varizes... Coluna, diabete, colesterol...
Quase não ouviamos falar disso.
Crianças que ao invés do leite matinal, tomam refrigerantes. Trocam o almoço por um cachorro quente, hamburguer! É... isso é evolução...
Falta de tempo é evolução!
Má alimentação é evolução!
Não pensem que é critica, mas estou a postar o que dei-me conta, também sou parte dessa evolução...
E acho mesmo que pagamos com a nossa saúde ...
Só para comentar , mesmo!!!
Jinhus...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Essencial


Algumas pessoas me disseram após lerem meu blog que eu deveria ter feito psicologia ou filosofia. Não sei se, na verdade isso é uma crítica ou um elogio, mas hoje, queria explicar-me. Não tenho intenção de influenciar pessoas. Procuro sempre apresentar aqui, temas e fatos sobre o questionamento da vida. Eu faço parte desse mundo, e posto aqui sempre questões, e sei que qualquer questionamento é variável. Pois penso que há dores iguais, duvidas iguais... A forma de sentir e a circunstancia que se sente é que são diferentes. O que serve para mim, pode não servir para você! Não quero (e longe de mim) ditar regras. Falo de temas comuns a qualquer ser humano... Por exemplo?
Rejeição! Quem nunca durante sua vida se sentiu rejeitado? Desde a infância, na adolescência, no trabalho, na faculdade, na família? Para mim, depois do desprezo, essa é a pior dor do ser humano. E questiono mesmo... Porque? Porque quando nos sentimos rejeitados, nunca pensamos que o problema é com o outro... O problema somos nós! Nos achamos inferiores a eles, quando na verdade, muitas das vezes somos rejeitados por termos força demais em nossa personalidade e isso abala a auto-estima do outro. Mas no geral, a nossa auto-estima é que se abala. caímos naquela de auto-piedade do "Não merecia isso" .."Foi injusto..".."depois de tudo que fiz por fulano.." O que queremos mesmo com isso? Honestamente?!! Piedade dos outros também... No fundo, a verdade (PARA MIM, CLARO) é que uma pessoa nessa situação esta sendo injusto consigo. Deixar algo 'extrínseco' abalar a força da personalidade 'intrínseca"...
A pior coisa que podemos fazer, é jogar nos ombros de outras pessoas , responsabilidades afetivas; Ou seja, quantas vezes ouvi aqui." To feliz, ele(a) me ligou, ou me procurou..." Sua felicidade então esta no fato de outras pessoas te ligarem ou te procurarem? Mas acho que essa consciência se adquire com o amadurecimento. Quando se é jovem, achamos que vamos e podemos morrer por amor (quem mandou ler Romeu e Julieta?)... mas com o tempo aprendemos que precisamos mesmo ter consideração por nós, fazendo sempre uma análise balanceada para não exceder o limite do respeito próprio.
Podemos 'perder' algo ou alguem, é duro... claro, mas temos que entender que 'perder' pode significar: FALTA DE VINCULO... deixamos passar e não vivemos, não teremos mais chance.
E podemos também separar-nos... "Separação" é algo muitas vezes necessário para nosso amadurecimento... Um exemplo? Filhos!
E temos pessoas em nossas vidas das quais podemos fazer FUSÃO. Isso sim, deveríamos buscar. Fusão é aquela relação (não só amorosa... familiar, amigos) onde não se faz necessário ser gentil, ser delicado, ser 'legal', pois não fazemos por que queremos... isso acontece naturalmente, fazemos porque naquele momento sentimos que precisavamos cobrir uma carência, uma lacuna...
Bem, acho que isso aqui ta muito complicado, já que eu Titulei de "ESSENCIAL"... Mas se me fiz entender um pouco, já alcancei minha FUSÃO com quem está lendo... Senão, prometo melhorar amanhã!
Jinhusssss

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Banalidade... será?!


Passei a noite refletindo... Claro que nunca vou chegar a uma conclusão exata ou na verdade absoluta, mas fico impressionada com a banalização de sentimentos!
Uma amiga a contar-me o que havia acontecido: Trabalhando num determinado lugar, recebia cantadas do patrão... Este, um homem casado, com uma esposa declaradamente ciumenta. Ele a dizer que ela estava sendo preconceituosa, afinal só a estava convidando para jantar, ela a responder que jantar com homem casado é abraçar problemas... homens casados jantam com sua família.
Ele insistindo, argumenta que não é casado de fato, vive junto, por isso ela poderia dar-lhes uma chance. Ela rebatia: casado, para ela era sinônimo de viver, dividir, unir...
E finalmente ELE chega a brilhante conclusão: Ela não aceitava sair com ele porque ela deveria ter alguém!...
Ela : 29 anos, formada 2 empregos, sem filhos, sem compromisso... Ia pra baladas com os amigos e amigas (SOLTEIROS)...
Mas que diferença isso faz? Ela ter alguém ou não? O fato é que ELE tinha alguém, ele dividia uma vida, ele tinha uma vida em comum com alguém...
Ah, indignei-me... Ela não querer sair com ele (OBVIAMENTE por saber que é casado) significa que ELA tem alguém? Que inversão de valores é essa?
Não estou aqui para dar lição de moral em ninguém, mas vamos ser honestos... o que nos obriga a ficar com uma pessoa hoje em dia? Estamos no século 21!!! Separação, divórcio, liberdade...
Sejamos todos livres, livres para amar... Usemos de sinceridade uns com os outros. O que leva uma pessoa a fingir sentimentos, a dividir um teto, a brincar de faz de conta, a simular sentimentos, agir de forma habitual que a rotina impõe?
Ele querer viver de ilusões, em busca de pessoas lá fora, querendo envolver terceiros, uma pessoa como essa minha amiga, que não precisa realmente de viver uma situação como essa... é degradar os sentimentos, desvalorizar o ser humano, é 'terceirizar' suas frustrações com a pessoa com quem vive! E o que se ganha no final? Mais 3 pessoas infelizes num mundo já tão complicado.
Talvez, essa forma de viver como eu disse 'TERCEIRIZADA', satisfaça alguém, mas digo por mim :
QUERO LIBERDADE!!! Liberdade para dizer e estar com uma pessoa por amor. Liberdade para dar a essa pessoa estar ao meu lado por amor... Sem obrigações! Amar não porque compartilho filhos, dividas ou bens... Amar por sentir-me bem ao lado dessa pessoa, e ter a certeza que ela me completa... Por fazer-me alguém melhor quando com essa pessoa estou...
VIVA A LIBERDADE!!! Liberdade de estar só ou acompanhada... porém, LIBERTA para a escolha!!!
Jinhusssss

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Desafiando Gigantes


Mais do que palavras, quero hoje postar um vídeo, uma parte de um filme que assisti num momento muito complicado em minha vida. Estava numa luta, dentro do Hospital do Cancêr, sabia que já éramos vitoriosos... Mas esse vídeo só nos acrescentou. Divido aqui com você, pois não sei que momento estás a passar, mas basta saber que sempre podemos mais. Nossos limites, nem nós sabemos. Nossa força vem de Deus.
Vejam, tentem não se comover ou repensar valores.
Jinhusss

Devolução?


O que anda acontecendo com nosso planeta? Ou melhor... O que nós estamos fazendo com nosso planeta?! "...o sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão..."! De repente essa música tão antiga, parece-me mais uma profecia.
Parece-me que quanto mais recursos tecnológicos temos, mais esquecemos de preservar, cuidar... não vemos o mal que fazemos a nossa terra, a nossa gente...
Vi uma reportagem ontem sobre um lixão no oceano pacífico, onde os seres marinhos estão cada vez mais se metamorfoseando... Tartarugas marinhas que crescem com um anel de plástico pelo meio, virando uma aberração? Garrafas pets servindo de acúmulos para cracas que deveriam estar nas rochas?
Então, vem a natureza e manda um ciclone, um tufão, um tsunami... E nós, 'pobres seres humanos...' somos VÍTIMAS dessas catástrofes?
Não. A natureza é agredida todos os dias, nosso planeta é agredido todos os dias, e quando ele numa enchente, num redemoinho resolve trazer de volta tudo que um dia já fizemos pra ele, somos as vítimas...
Uma andorinha só não faz verão, sabemos disso, mas cada um de nós precisa realmente fazer sua parte, rever seus conceitos.
Aqui, é Brasil! Vejo com tristeza ainda, esgoto a céu aberto... E lá dentro? sofás, animais mortos, garrafas impedindo a escoagem das águas. Eu vejo... Não por ser inteligente, não é necessário! E se chove? Essas chuvas de verão, que enchem esses canais, será tudo devolvido praa dentro de nossas casas... Precisamos ser, um fiscal do outro. Agir com mais união e cobrarmos de autoridades competentes que seja feito um esgosto decente.
Não gosto de levantar bandeira. Como já disse em crônicas anteriores, sei que há muitas organizações de boas índoles que tentam conscientizar cada individuo.
Mas deixo aqui meu protesto. Sem medo de cair na 'mesmice'... VAMOS SALVAR NOSSO PLANETA!!!
Jinhus...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dificil verbo 'satisfazer'


Já repararam como é dificil satisfazer uma pessoa? E várias? E todas?(EXAGERO!)...
Uma única pessoa já é complicadíssimo. A si, já não é fácil.
Quem nunca se olhou no espelho e queria ter um olhos mais claro, mais puxados, a pele mais morena ou mais branca... enfim. Se somos tão exigentes dessa forma com nosso "EU", a lista de exigência com os que a nossa volta é maior!
A mulher é pior ainda (lembre-se que sou uma delas). Queremos que eles descubram os nossos pensamentos que ocultamos debaixo de um humor inconstante.
Sempre reclamamos pela falta de tempo pra nós, sempre a pensar no trabalho, a falar do trabalho... mas quando temos oportunidades de estarmos a dialogar, perdemos nosso tempo reclamando do portão que ele não arrumou, do teto que ele não pintou, do quanto ele poderia ajudar mais em casa, com os filhos.
Mas talvez o que nos leva a agir dessa forma é uma necessidade de sermos valorizadas, mas ser valorizada por quem está conosco, do nosso lado no dia a dia.
Queremos mesmo que eles notem nosso corte de cabelo, afinal, é para eles que nos transformamos, mudamos... Queremos um elogio!
Mudamos a cor das unhas, passamos horas a sofrer com depilação, arrancar sombrancelhas... e só pedimos que lembrem de uma data especial, que notem nosso visual, que ligue a dizer: "...tou muito cheio de serviço, mas olha, não esqueci do seu aniversário, do meu...." ..ou digam simplesmente " so liguei pra te dizer te amo.."
Mas parece muito complicado mesmo...
Bem, as minhas amigas incompreendidas (ou seja..TODAS..rsrsrs)
JINHUSSS


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Deficiencia para eficientes.


Lá se vai mais um tema que gera tantas discussões, mas não posso deixar de falar disso... Não por obrigação, óbvio, mas porque tenho opiniões tão diferentes a respeito de certos assuntos, que não poderia deixar de comentar mais um aqui.
Trabalhar na área de saúde, tem seu lado positivo, desde que você ali esteja para de fato aprender não só uma profissão, como também, aprender mais sobre o universo humano, que é infinito... Uma riqueza de temas por todos os lados, para quem quiser realmente ver, claro!
Desde que me conheço, lembro-me de ver as pessoas deficientes ou especiais de uma forma muito própria. Por exemplo: Quando via uma pessoa que visivelmente arrastava uma perna, ou tinha um membro atrofiado, andando até mesmo sem coordenação, imaginava o quanto cada movimento daquele deve ter sido alcançado como uma vitória.
Pode ser aquele que o médico avisou.."Olha talvez você nunca mais ande, fale, escute, se mova..."
Imagino como alcançar cada movimento conseguido deve ter sido uma conquista, maior que um troféu... Superar seus próprios limites.
Pessoas que dizem-se normais, querem estabelecer recordes por reconhecimento e fama. Os ditos deficientes, querem superar seus próprios obstáculos numa busca constante pelo melhor de si.
Tenho meus clientes/amigos especiais... E como são especiais! Cada um com sua limitação, cada um com um obstáculo diferente, mas vamos ser sinceros: Nós também não temos nossas limitações? Cada um de nós não temos algo que precisamos superar?
Mas não quero postar aqui nenhuma bandeira, ou coisa parecida. Temos muitas e excelentes instituições que os amparam. Mas penso nas mães desses seres maravilhosos. Para cada uma que aqui entra com um filho(a) especial, abraço a mãe e digo "Você é uma pessoa abençoada! Se assim não fosse, Deus não confiaria essa jóia nas suas mãos!"
A maioria fica me olhando, pois certamente estão acostumadas a receberem olhares de piedade, a ouvir "Que dó ... Judiação..."
Eu as encaro como mulheres espetaculares. Elas nunca estarão sozinhas, esse anjo as acompanhará. Se, seus filhos são rotulados como 'deficientes', eu diria que cada uma delas para mim, são 'Eficientes'! Uma frase que já ouvi tantas vezes, cabe bem nesse contexto: "Deus não escolhe os capacitados. Ele capacita os escolhidos!".
E lá vou eu, com mais uma das minhas histórias (REAL) para contar:
Uma mulher negra, cresceu num orfanato, foi a vida inteira discriminada. Com muito custo, formou-se em Assistencia social aos 36 anos. Casou-se, e, para surpresa de muitos adotou uma criança. Muitos vão dizer; Porquê 'para surpresa de muitos?'... Porque ela fez questão de adotar uma criança com paralisia cerebral. Muito limitada. Tratava esse filho com todo amor e cuidado, seguia todas as recomendações, porém, por muitas complicações, dois anos depois ele faleceu. Aos 41, teve seu próprio filho. Perfeito.
Um dia, ao ser indagada, do porquê de ter optado pela adoção de uma criança especial, e tão especial, e somente depois ter seu filho, eu ouvi a resposta mais linda que um ser humano poderia dar: "Porque, queria mostrar a todos o quão difícil é ser discriminado. Um casal branco, para adotar uma criança negra, dificilmente o faz...pois eu adotei uma criança branca, com paralisia, para devolver a sociedade a discriminação pela qual sofri a vida toda! Não estou aqui de passagem, vim fazer a diferença!"
Bem... ao menos para mim, ela não só me fez a diferença como me ensinou uma lição de humanidade!
Parabéns as mães eficientes... e aos especiais!!! E o meu especial favorito, claro... Carlos Eduardo Benjamin.. o meu " Du"!
Jinhusssssss

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Solidão, ou... medo de estar a sós consigo mesma?!


Estava a refletir sobre a solidão. Busquei definição: Derivado do latim, "Estar só."
Isso não é novidade. Ficamos com aquela cara de "Bolinha"... lemos a definição, E?...
De tanto falar e ouvir histórias, hoje penso que cada pessoa tem uma definição própria para "SOLIDÃO".
Perguntei para algumas pessoas o que significa SOLIDÃO, E recebi cada resposta... uma completamente diferente da outra:
Solidão:
É querer ir numa festa e não ter companhia.
É ir sozinha(o) a uma festa e sair sem companhia.
É estar cercado de pessoas por todos os lados e ao mesmo tempo estar só.
É estar sem ninguém ao seu lado e estar cheio de pessoas dentro de si.
É ter uma lista interminável de amigos e não querer estar com nenhum.
É não querer ir pra casa, pois lá somente as paredes te esperam.
É não querer ir pra casa pois lá so problemas te esperam.
É saber que não há ninguém pra dar-te BOA Noite, além do William Bonner
É ter a certeza que o "Boa noite" do William Bonner Te bastaria.
E por ai vai...
Mas , como sempre, avaliando bem tudo isso, cheguei a conclusão que o ser humano tem medo de estar só. Que quando nos vemos sós, somos obrigados a refletir do que realmente estamos fazendo com nossas vidas. Percebemos que há muito mais insatisfação em nossas vidas do que gostaríamos. Ligamos a Tv ou o rádio, numa tentativa de não ter que ouvir nossas auto-criticas, que nos obriga a pensar como mudar o que nos faz estar insatisfeito.
A televisão ou o rádio, nos faz pensar num produto novo que podemos comprar, numa música antiga que os remete aos bons tempos, numa novela, onde invariavelmente " Todos serão feliz para sempre"...
Precisamos dessas ilusões para preencher os espaços.
Mas, como sempre gosto de provar as minhas teses e teorias, perguntei-me qual a definição de SOLIDÃO ?... E, como sempre, a resposta veio da alma... Solidão é esse sentimento que me faz vir aqui nessa tela em branco todos os dias, e escrever... Por não ter com quem conversar. E se tiver com quem conversar, saber que não serei compreendida.
Pois... só, sem ninguém a minha volta, sempre estou. E não me sinto mal por isso. Não ter alguém para dar Boa noite (não me refiro a filhos ou família) além do Bonner e da Fátima Bernardes, já se tornou um hábito...
Solidão Pra mim, é sinonimo de incompreensão.
Obrigado a vocês que acompanham meu blogg! Faz-me sentir mais confortável..
Jinhusssssssssss

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nossos heróis e valores


Ás vezes fico a questionar-me sobre nossos heróis. Como Nossos valores estão invertidos. Não sou nenhuma puritana, nenhuma beata de plantão... Sou apenas uma QUESTIONADORA de plantão.
Como as coisas evoluíram e mudaram! Tenho (orgulhosamente) 37 anos. Lembro-me das novelas que assistia quando pequena. Valorizava a família, os heróis (aqueles como em irmãos coragem), a luta pelo objetivo, por um ideal, pelo propósito da família... E o que temos hoje? Sei que as novelas acompanham a evolução da humanidade, mas vamos lá... A Favorita. Qual núcleo familiar completo? Mãe pai e filhos? O núcleo onde há uma mulher que apanha do marido machista, uma filha grávida que não diz quem é o pai de seu filho, um filho que é mudo pelos traumas sofridos. Ou seja, não há mais valores familiares que façam valer a pena constituir uma família!
Quem são nossos heróis?
Outro dia, conversava com um rapaz. Quase 40 anos, o pai havia morrido quando era muito pequenino, quase não tinha recordação. Pouco contato com a família paterna. Depois que cresceu, todas as vezes que tinham encontro com a família paterna, fazia churrascos, sempre tudo do bom e do melhor.
Os que o cercavam não eram tão bons, ou não estavam a altura de serem seus heróis. Quem com ele dividia as causas do dia a dia, não merecia esse patamar.
Um dia ele decepcionou-se com esse ramo. Acabou por descobrir que eles tinham mais defeitos ou tantos quantos todos nós.
Um herói para assim ser considerado precisa ter morrido? Será que suas obras e seus grandes feitos só são valorizados em um pós morte? A maioria dos heróis morrem de forma trágica e invariavelmente na miséria. Muitas vezes como vilões, desordeiros. Em vida, são perseguidos, incompreendidos, enfim...
O heróis verdadeiros somos cada um de nós, que luta no dia a dia para pagar nossas contas, educarmos nossos filhos, passarmos valores humanos... e isso, hoje em dia , é tão difícil. As companhias não ajudam, os amigos que conseguem dinheiro fácil, drogas... bebidas... baladas...
Heroínas são aquelas mulheres que criam seus filhos sozinhas, que trabalham, limpam suas casas, fazem o dever com o filho, tentam passar valores a eles...
Portanto, meus heróis são os aposentados, que trabalharam uma vida inteira e hoje, vivem de uma aposentadoria que mal dá para comprar seus remédios. São as mulheres que fazem faxinas a ajudarem seus maridos e ainda têm que ser mãe, esposa e mulher. São todos aqueles que lutam com dificuldades para se manterem de pé, diante de uma sociedade corrompida com valores tão invertidos!!
Parabéns a você que agora lê isso, sei que também és um pouquinho de meu herói... sei o quanto deve batalhar por um lugar ao sol...
Minhas sinceras reverências.
Jinhusssssssss



Fácil falar...


Sempre fui muito otimista! Costumo dizer até hoje, que tudo na vida tem seu lado bom. Esses dias meu sobrinho de 11 anos perguntou-me qual o lado bom de pisar no côco... Ah, claro que tem, os minutos que vc perde, limpando seu pé num matinho pelas esquinas, com certeza foi uma maneira de vc ter se livrado de um assalto, um caminhão poderia ter te atropelado... Afinal, é assim que Deus age, não fazendo alarde das suas livrações. Ele pensou por um segundo, me mandou outra: E qual o lado bom de ser atropelado por um caminhão, ja que você não pisou no côco? ...Também tem, oras. Se você morrer, não precisará mais se preocupar com as contas, com os problemas, enfim, dependendo do seu ponto de vista, você pode tornar um fato que te aborreceria, em algo bom.
Conversava com as pessoas e o mal que mais foi evoluindo principalmente entre as mulheres, foi DEPRESSÃO. Muitas delas não havia nenhum fator aparente que desencadeasse esse processo.
Ah, eu e minhas filosofias... Depressão é um espaço vazio a ser preenchido. Uma lacuna, seja pelo stress orgânico causado pelos hormônios da menopausa, pela perda de um amor, um ente querido. Nunca pensei em algo psicológico. Entendia o problema como algo físico mesmo. Qualquer problema no desencadear dos receptores de serotonina, ou algo mais ou menos por aí. Imaginava que a cura estava na pessoa preencher essa lacuna doando-se a uma atividade que desse prazer, desde uma leitura a um artesanato...
Um dia, de tanto querer entender ou explicar coisas que na verdade não se explicam ou se entendem, apenas acontecem, penso que Deus olhou para mim e disse: "Toda tese ou teoria precisa de uma prática... Tão... Tenha sua aula prática!"
Fiquei com uma lacuna. Um vazio. Um abismo, daqueles que até o silêncio faz eco! Se tive motivos?? A vida inteira deu-me motivos. Várias fases e processos da minha vida, me levavam para esse vazio, mas eu desviava-me.
Sempre escolhi os caminhos de pedras. Nunca o mais fácil. Por dois motivos. Os caminhos de pedras, calejariam meus pés e sigo descalça. E os caminhos de pedras, são sempre pelos rios, o que ameniza a dor, além de matar sua sede e não deixar rastros. Não sou soldado. Prefiro agir como guerreiro! Esses, vão a frente sozinhos, não deixam rastros.
Bem, estava eu agora com a prática da minha teoria, o que fazer? Tinha um vazio, uma lacuna! Alguém disse: "procure o psicólogo, não seja preconceituosa!"
Não era preconceito. Não iria procurar um médico se eu sabia exatamente o que tinha (com nome e sobrenome) e sabia também que os remédios que me receitaria eram fortes. Mas a minha certeza maior era que meu otimismo me tiraria daquele momento. Outro dia, perguntei a uma pessoa (daquelas que amamos demais) O que acontece quando vc chega ao fundo do poço? Ela me respondeu que ela é tão boba que mesmo no fundo do poço, ela continuaria cavando, consequentemente, afundando-se mais! E eu descobri que no fundo do meu poço, tenho uma mola propulsora no fundo, que dependendo da força e velocidade com que chego até a ela, ela devolve na mesma intensidade... Portanto, quanto mais forte e intensa for minha chegada ao fundo desse meu poço, minha saída será igual.
Certo que ainda tenho meus altos e baixos. Que de certa forma me fragilizei bastante, me expus mais um tanto. Mas ao menos, deixei de construir muralhas para defender-me. Não perco meu tempo. As pedras que me atiram hoje, com elas construo pontes, que me fazem chegar até o coração das pessoas que por muitas vezes estão a atirar-me as pedras. Essas, são as mais necessitadas da minha compreensão. E hoje, entendo que o lado bom de ter conhecido o VAZIO, foi saber que quantas vezes eu cair no fundo do meu poço, minha mola propulsora estará lá, e sempre sairei... Como Fênix, como explicou minha amiga De...
Força a todos. A cura está no nosso interior.
Jinhussss

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rosa, a cor dos anjos!


Tive uma fase em minha vida, que dessa, posso tirar pelo menos uma dúzia de histórias, e no tempo oportuno , não há dúvidas que postarei aqui essas histórias. Não são histórias bonitas ou divertidas, mas não quero esquecê-las. Não devo! Aprendi muito.
Essa fase começou em Maio de 2006. Quando á partir de então, passei a ser uma frequentadora do hospital A.C.Camargo (Hospital do Cancêr de São Paulo). Não importa como entramos por aquelas portas... se como visitantes, acompanhantes, pacientes ou funcionários. Nos primeiros dias, tudo nos comove, nos causa medo, nos faz chorar, nos choca. Um turbilhão de emoções. Comigo, não foi diferente. Entrei imaginando o que acontecia em cada andar, em cada corredor, em cada sala, cada quarto, cada leito... Digo de ante-mão: uma limpeza, uma organização, que nos sentimos mais confortáveis.
Mas o que realmente me chamou a atenção, foram senhoras, a maioria delas , senhoras mesmo, com seus cabelos embranquecidos, um olhar complacente, um sorriso persistente, gestos lentos... Todas vestiam um avental Cor-de-rosa, na lapela um broche em formato de botão de rosa, bem pequeno. No bolso bordado de rosa mais claro seu nome.
Enquanto esperava minha senha, fiquei observando a função de cada uma.
Aproximavam-se com sorriso, te ofereciam um chá com bolacha, uma revista, te informava onde ficava a capela, o banheiro... se havia alguma dúvida, se podiam ajudar em algo.
Entendi quando de mim se aproximaram. Eram as voluntárias. Subiam e desciam escadas com documentos, informavam onde ficava determinado local, levavam os pacientes até seu setor. Havia um cantinho, onde elas ensinavam crochê, pinturas, origamis. Jornais e revistas, para vender e emprestar.
Nunca tinha realmente pensado, no verdadeiro valor de um VOLUNTÁRIO.
Assumiam aquele compromisso, sem ganhar absolutamente nada em troca. Muitas vezes, ouviam queixas, com a paciencia de um confessionário.
Pensei e repensei... depois de alguns dias observando aquelas a quem passei a chamar de "Anjos cor de rosa". Elaborei uma teoria: Imaginei que cada anjo cor de rosa, na verdade,são pessoas que antes, já haviam passado por aqueles corredores, seja como paciente, acompanhantes, visitantes... Mas tinha comigo, que a maioria, estava ali para preencher uma perda, perda de alguém amado, muito querido. Que quando essa pessoa se foi, já não sabia viver sem doar-se um pouco (ou muito) para seu próximo.
Tinham passado pelos caminhos das pedras que cada um que entrasse ali pela primeira vez, passaria. Sabiam quão doloroso era cada etapa, desde a aceitação até o tratamento...
No inicio, confesso, não queira trocar iformações, falar sobre o porquê de eu estar ali... nada! Queria fechar-me... Mas ao mesmo tempo queria ouvir, queria saber, queria aprender.
Comecei a conversar com cada uma delas. Trocavam seus horarios, seus setores, revezavam. Isso fez com que conversasse com vários anjos daqueles.
Não estava enganada. A maioria estava ali mesmo por ja ter passado por situações semelhantes. Minha teoria se concretizava.
Hoje, resolvi falar desses anjos, contar um pouco pra vocês que existem pessoas que se doam, que apesar de suas dores, querem amenizar as nossas. Que cada um desses anjos cor de rosa, possa nos fazer sentir que há esperança, sempre. Parabéns a todos voluntarios em qualquer situação, porém, por motivos obvios, Meu carinho e meu muito obrigado aos ANJOS COR DE ROSA do A.C. CAMARGO. Cada uma de vcs é exemplo de solidariedade.
Jinhussssss

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

E se... só te restasse esse dia?...


Sei que é a letra de uma música antiga, mas hoje vi uma cena que fez-me lembrar de uma passagem interessante.
O onibus parou, uma moça desceu e pediu a dois adolescente que estavam no ponto para descer um companheiro e sua cadeira de rodas. Após algumas manobras meio sem jeito, eles conseguiram desce-lo e ajeita-lo na cadeira. A moça, prontamente agradeceu, e o rapaz na cadeira disse.." Valeu! Se hoje vocês morressem, depois dessa, iriam direto pro céu!!" ...
Isso fez-me lembrar um fato ocorrido na passagem do ano de 1999. Trabalhava numa firma, e a tarde estava sempre sozinha e ligava o rádio para preencher o silêncio. O locutor dizia para seus ouvintes irem ligando incentivando-os a participar da pergunta do dia, que era: "Segundo os antigos, o ano 1000 chegou, porém 2000 não chegará. Supondo que fosse verdade, já que estamos no ultimo dia do ano, o que você teria feito nesse seu ultimo dia?" ...
Confesso que me divertia muito a ouvir as respostas, que eram dadas no ar, ao vivo. Uns a dizerem que diria a sogra o que pensava dela. Outros a dizer que procuraria seu idolo para um dia inteiro de amor, enfim, as respostas eram as mais variadas.
Quando dei-me conta, estava questionando sozinha mesmo, algumas respostas. "...eu ligava pra minha mãe pra pedir perdão, ja se fazem muitos anos que estamos brigadas.." ; "Eu Iria matar a saudade de meu pai, que mora no norte e não o vejo muitos anos..";"Passaria o dia num asilo, a dar conforto aos velhinhos.."; "..passaria o dia chorando por ter apenas planejado uma gravidez e não concretizado.." ; "Pediria perdão ao meu irmão com quem não falo..."
Bem, não resisti... liguei pra rádio. "Mais um participante. Vamos la... seu nome e o que vc faria se hoje fosse seu ultimo dia??"
Calmante respondi: " Absolutamente nada de diferente que faço todos os dias. Pois, mesmo que o mundo não se acabe na virada do ano, um dia será meu ultimo dia mesmo, portanto, quero viver cada dia como se fosse o ultimo. Inclusive, aproveito a oportunidade de estar falando ao vivo, e dizer pra todos esses que esperam pelo ultimo dia para fazer as coisas, que comecem a faze-las imediatamente. Não percam tempo. Peçam perdão, procurem seus familiares. Digam a pessoa amada o quanto a amam. Garanto que isso não dói, muito pelo contrário...I sso liberta... liberta mágoas e rancores. Desejo que esse ano, cada um de nós não perca mais tempo esperando o dia apocalíptico e façamos um dia melhor. Feliz ano novo a todos..."
Na sequência, tocaram uma musica, e mais ninguém ligou... Prefiro pensar que fiz bem, fiz com quem todos refletissem um pouco, para não acreditar que acabei com a brincadeira do programa.
Mas falando seriamente, porque esperar pelo ultimo dia? Porque não hoje? Porque não agora?
Uma coisa que ensino aos meu filhos: sempre que brigo com eles, antes de deitar, nos beijamos e dizemos uns ao outros que nos amamos, mesmo que seja entre dentes! E daí?! Podemos ter brigado, mas pode ser a ultima oportunidade que temos de nos dizermos isso... Quando nos despedimos, a mesma coisa. Com bico, com caras e bocas... EU TE AMO, VIU?? Pronto, se não voltarmos a nos ver, estamos quites uns com os outros.
Jinhus...


domingo, 8 de fevereiro de 2009

Auto - estima


Domingo, após o trabalho, um almoço fora com filhos e pais... Algo bem família. Pensei em escrever da importância da minha. De como sou previlegiada tambem no campo familiar. Um assunto calmo, leve, bem cara de domingo mesmo.
Mas estávamos na fila da comida ao quilo, eu tentando controlar a quantidade de batata fritas no prato da minha filha, olhei pro início da fila, na busca pela ajuda da minha mãe, ja que metade do prato da garota era de batata frita! Naquela direção, havia uma mulher na fila, ela olhou-me com um largo sorriso e me cumprimentou, até com muito entusiasmo, por sinal. Eu devolvi o aceno e o entusiasmo, mas quem não passou por isso, jogue a primeira pedra... Eu não me lembrava de onde a conhecia, quem era ela.... meu cérebro trazia-me ela remexendo na memória, mas de onde?!!! Parecia um esforço sub -humano. A única coisa que era certa é que se tratava de alguém sem muita importância, já que normalmente, nunca esqueço das pessoas que me acrescentam algo. Bom, estava segura, uma fila inteira nos separava, as mesas que estavam vazias eram poucas e distantes umas das outras, as chances de nos falarmos seria pouco e se acontecesse, até lá, com certeza eu me lembraria quem era e de onde a conhecia.
Sentamos numa mesa de canto, ela ja havia se acomodado ao fundo. Ufa, tava livre! Parei de forçar minha memória e passei a distrair-me com as historias da festa de aniversário que minha filha tinha ido na noite anterior.
Na saída, já não me lembrava mais do fato ocorrido. Paguei e logo que coloquei o pé na calçada, cruzei com uma adolescente, e ela " Oi, Tia!" (Fala sério, há algo pior que ser chamada de tia? Sentia-me aquela velhota, enrugada...)"Ai linda, assim você enfraquece a amizade, ne? Tia? Uma moçona dessa?" Rimos, e quando eu ia perguntar sobre sua mãe já que mocinha eu me lembrava, e como sempre, com muita sinceridade vos digo ,não gostava muito da mãe dela. Tinha um olhar arrogante, de superioridade, de quem tudo sabe... Uma soberba que tentava esconder numa fachada de 'falsa humildade', dei-me conta que aquela na fila era a mãe dela! E ao invés de perguntar sobre a mãe dela, na hora a unica coisa que pude fazer foi perguntar com uma espontaneidade que só eu mesmo: "Querida, que aconteceu com sua mãe??" Nossa... aquela era outra mulher!! Ela quando a conheci: saias na metade da canela, blusas rotas, cabelos presos e muito finos ressecados soltos, dois dentes escuro na arcada superior, as sombrancelhas juntavam-se a fazer uma só. Vinha sempre de tenis (tipo conga) e meia soquete, um sorriso forçado, tentando convencer que era superior a qualquer coisa terrena. A Mulher da fila: Uma calça leg, uma camiseta justa, cabelos soltos, numa mesma cor, sem um unico fio fora do lugar, dentes brancos o que fazia com que seu sorriso ficasse mais amplo, sombracelhas apenas modeladas, muito bem feita, uma rasteira nos pés com unhas muito bem feitas. Não resisti "Escuta, uma mulher só muda desse jeito, quando está apaixonada!!" Ela vinha em nossa direção, e escutou o comentario que fiz, propositadamente alto, e com um sorriso mais franco, onde não havia sinal algum do sentimento de soberba, fez questão de responder: "Não. Muito pelo contrário. Eu separei-me!"... "Fizeste bem, aliás muito bem. Não conheço com quem estava, mas desculpa lá a sinceridade, fosse quem fosse, nunca te fez bem! Foi-se tarde, pra levar embora uma mulher amargurada com ele..." Nos despedimos.
Não pude deixar de postar isso aqui. Auto-estima, é tudo. Muda nossa vida, mostra ao mundo o que trazemos por dentro.
Aquela mulher era infeliz, anos que a conhecia. Anos era daquele jeito. Quanto tempo perdido... Quanta coisa deixou de aprender para crescer como ser humano. Quanto tempo a passar valores de submissão a sua filha, que assim como eu, passou a vida a ver a mãe a esconder-se debaixo de uma casca de amargura, que chegava a agredir de forma gratuita os que estavam a sua volta.
Talvez, que sua filha tenha isso como exemplo. Que não perca sua essencia e tenha visto como nos degradamos de forma horrível em nome de coisas que por fim, nunca justificam a prisão de um verdadeiro 'eu'.
Quantas mulheres em nome de filhos, comodidade, medo, familia, dinheiro, abrem mão de si, ser elas mesmas. lembro na época da faculdade, uma moça que foi criada de forma muito pobre, e seu unico objetivo era arrumar alguem com $$. Tinha uma personalidade forte, mas uma fraqueza por dinheiro que era uma vergonha. Funcionária pública. Numa reunião de licitação, não sossegou até conseguir chamar atenção de um grande empresário... Rico, sim! Velho, dois casamentos desfeitos e seis filhos. Pior...a chava-se dono do mundo, que era rico, tudo podia. Ela não sossegou, saiu com ele, morou com ele. Fazia questão de nos procurar com a mais nova tecnica de plastica que havia feito, com o carro importado do ano, mandava cartões e fotos de todos os lugares da europa e america. Uma cobertura no jardim(bairro nobre de São Paulo). Ultima vez que a vi, estavamos num transito horrivel no centro de são Paulo, ele a ligar. Ouvi-a responder qualquer coisa e ela deligar o celular com força, a dizer "te amo, bebe"... Quando olhei pra ela, estava vermelha, não escondia a furia que descia com suas lágrimas. Olhando pra mim, disse "Ai Kátia, meu sonho é ganhar na mega sena e dar um pé na bunda desse cara que ele nunca antes recebeu! Vc acredita que quando eu falei que o transito estava horrivel aqui no centro, ele respondeu que eu deveria ter vindo com minha vassoura, não de carro... Segurei-me para não dizer que minha vassoura estava na manutenção junto com a vassoura da Bruxa da mãe dele!!"... mas pessoal, o que a impedia?? Porque não disse? Claro, eu sabia a resposta. E não fiz a pergunta, substitui por um comentario que encerrou o assunto "Amiga,tudo na vida tem um preço, o preço da sua personalidade é esse. Vendeste sua personalidade, algo que para mim não tem preço, mas cada um tem na vida o que merece."
Duas historias... Opostas, mas auto-estima não é so a aparencia, junto a isso, uma alma, uma dignidade, Essencia...
Claro que posso estar errada. Mas não pretendo mudar, a não ser que seja pra crescer, acrescentar...
Boa noite... aqueles que podem dormir em paz... Pois essa, não tem preço!
Jinhusssssssss


sábado, 7 de fevereiro de 2009

Nas dificuldades também devemos agradecer...


Hoje foi outro dia daqueles, Graças a Deus!Mas vou deixar aqui algo que me entristeceu muito, desde cedo estou a pensar nisso!
Tem uma senhora que desde que cá estou, seja quando passa na frente ou entra, inicia a conversa assim " Jesus te abençõe!"
Ela: Uma senhora com seus 60 e poucos, cabelos pintados de loiro(alias loiros demais), uma maquiagem sempre muito carregada, exalando muito perfume e veste-se de forma, digamos, não muito adequada para seu tipo físico. Vaidade, ali é nome e sobrenome. Observação: Não estou a critica-la, estou a descreve-la, pois nada do que disse até aqui, sobre ela, realmente me importa. O que me importa, é o sorriso sempre constante, a sinceridade velada, uma simpatia irradiante... A recebo sempre com beijos e abraços. Faz-me bem isso! Sei que vou ficar com um pouco de maquilhagem dela no meu rosto e seu perfume impregnado em mim...mas tambem, fico com uma sensação de ter recebido um abraço sincero, uma mensagem de luz. É ... uma frase, e fica aqui no ar junto com o perfume dela.." Jesus te abençõe! "
Trabalha na camara dos vereadores, acessora de um deles, presta serviços a uma firma de advocacia.
Quando sobra um tempo, temos la nossos dois dedinhos de prosa... Viúva, mora com uma neta. A Filha vive em Portugal, no algarve.
Sei que é uma pessoa de muita fé, falamos muito sobre Deus, sobre sua bondade e benignidade. Mas nunca sobre uma religião em si...Isso não importa mesmo....o que importa é que quando fofocamos, fofocamos sobre Ele, DEUS.
Mas algo aconteceu, notei... Desde q o ano começou, ela entrava, semblante preocupado, dizendo sempre com pressa.
Algo não ia bem, mas não costumo perguntar nada se não sinto uma 'abertura'...
Uns dias atrás, ela entrou aqui, olhos muito inchados, pouca maquilhagem. Percebi que havia chorado. Pediu-me 5 reais de qualquer coisa e no dia seguinte voltaria para pagar-me, pois estava indo ao banco e de la ao médico. Foi minha chance..."Médico? Que passa?" E ela, já aos prantos... "Fui ao ginecologista, descobri que estou com endometriose, muito avançada, talvez tenha que fazer histectomia!" Abracei-a como há tempos não fazia. E como ela estava com pressa, so pude dizer que ela deveria dar graças a Deus, pois caso o diagnostico fosse confirmado, a solução estava apenas na retirada do útero e óvario, e mais nada!d Podia ser pior, um cancer... Ela parou de chorar na hora, como se eu tivesse dito algo que ela nunca pensou! Outro abraço, que sem palavras sei que dizia "Obrigada!", e foi-se.
3 dias se passaram, ela voltou, entrou ja pedindo perdão, pois não tivera tempo de vir pagar-me os 5 reais. Os olhos profundamente tristes... Olhei pra ela e não me veio outra coisa a dizer..."Não, não te perdoo, mas não é pelo que me deves ou pelo tempo que me deves. Não te perdoo por fazer muito tempo que não passas aqui ou entras a dizer " Jesus te abençõe!"...Isso não dá pra aceitar." Estar ocupada e esquecer um dívida é fácil... mas estar ocupada, aflita e preocupada e não lembrar-se Dele, logo Dele, que é o único que estara sempre ao seu lado, desculpe a sinceridade, é imperdoável!"
Ela chocou-se com aquilo. Parou, olhou pra mim... "Jesus te abençõe!" e desandou a chorar. Vai operar daqui alguns dias.
Bem, limitei nisso, mas aqui vai meu desabafo. Porque será que é fácil agradecer a Deus quando estamos bem e com saude? Porque será que diante do primeiro obstáculo esquecemos de agradecer a Deus pela força que nos dá pra passar certas situações. Qual a força de um braço que é capaz de fazer alguém um vencedor se deus não for por nós?
Fácil agradecer nas horas boas e alegres. Fácil dizer que Ele é bom quando se tem saúde. Como ser humano não tem memoria. Nos podemos esquecer Dele, mas nos sentimos traídos quando ele nos deixa passar por uma dificuldade. Uma analogia que fiz desse caso durante o dia. O povo que vivia no Egipto, viu milagres, apalpou obras, e quando se viu em frente ao mar vermelho, já liberto da escravidão, perguntou a Deus porque o tirou da escravidão. Se era para morrer pelo exercito de Farao, ou afogado no mar... Deus, num infinito ato de paciencia, abriu o mar, o povo passou. Não há dificuldades.
E nos esquecemos disso diariamente. Esquecemos de agradecer pelas lutas, pels provações, pela guerra que enfrentamos todos os dias... Pois, penso eu, aquele que tem Deus dentro de si, entra em qualquer situação sabendo que será vitorioso, pois tudo é permissão dele.
Por isso, hoje vou embora pra casa, agradecendo pelas dores nas costas, pelas contas a pagar, por ter que levantar-me amanhã cedo e estar aqui de novo... Que cada um que possa ler, reflita um pouco sobre isso. Tudo na vida tem um tempo determinado por Deus. Nós que não temos paciência "que seja feita vossa vontade, aqui na terra e no céu..."
É..' Jesus que nos abençõe, sempre... Amém!"
Jinhusssssss

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Melhor metade



Ontem cheguei em casa exausta. Nossa, que dia! Pra ajudar, um calor horrível. Não estou a queixar-me! Longe de mim... Bom sinal, significa que o trabalho está uma benção!..Trabalho?? Não, desculpe-me. Eu não trabalho. Acho que sou uma previlegiada, pois meu trabalho é tão prazeroso, que não me canso do que faço, ou reclamo de muito serviço. Li certa vez, não sei aonde, que se uma pessoa se dá ao previlegio de fazer aquilo gosta, nunca terá trabalho realmente. Aquilo pra mim, é meu antidepressivo natural, onde há risos, invariavelmente boas companhias, sempre muito aprendizado.
Fui tomar banho, e joguei-me 5 minutos na cama. E para levantar depois? Só o calor me arrancou dali para um banho gelado. Minha ideia era comer e CAMA, mas não consigo mais fazer isso... tenho sempre que fazer duas coisas: dividir algo interessante que se passou comigo durante o dia, aqui no blog...que prazer da-me escrever e dividir minhas idéias e impressões... enfim, o aprendizado do meu dia. E a outra?... Bem, a outra é saber como anda minha melhor metade, minha melhor porção. Resumindo essa história, que juro posta-la quando estiver inteira, é mais ou menos assim...
Em uma determinada fase da minha vida, eu estava tão bem... sentia-me livre, leve, solta... dona do meu nariz, senhora do meu destino, rainha das minhas vontades, dona de mim... Não queria mudar. Não queria mais nada. Fazia o que gostava a nível profissional, filhos.. fiz a minha parte do "... crescei e multiplicai-vos..", ja havia plantado uma árvore, e escrito vários livros. So faltavam termina-los( ainda falta!!).
Não queria mais nada. Ergui uma fortaleza a minha volta. Qualquer coisa parecida com a prisão de alcatraz. Se tentar entrar, fuzilo... Não. Definitivamente não mais. Eu me bastava. Mantinha os olhos bem abertos e sempre de sentinela... Não queria correr o risco de machucar-me, entregar-me... Sou complexa demais talvez para ter alguem comigo.
Acontece, que me descobri uma péssima engenheira... Protegi-me de fato por todos os lados, mas ate mesmo numa prisão, quem esta lá dentro tem direito a banho de sol, tomar chuva, olhar pro céu! Enfim, esqueci de colocar tela por cima... Gosto do céu, estrela, chuva, lua. Mas se vigiasse as laterais, so o céu não me causaria danos...
Enganei-me.
Do céu, cai estrelas cadentes, neve, granizo, balões, pára-quedas...
Eu protegida contra um exercito e esqueci do fascinio que tenho por para-quedas. E um desses, caiu vagarosamente... de forma leve, tranquila. De belas cores, de formato diferente... Sutilmente, foi-me roubando de mim mesma!
Quando menos percebi, com o vento que soprava do atlantico sul, foi-se... e quando me dei conta, levou consigo minha melhor metade, aquela cheia de si... de segurança, que se bastava. Perdi tanto tempo e energia construindo uma fortaleza que foi demolida com um para-quedas. Preocupada que estava em alicerces profundos e bases solidas, do céu caiu uma PLUMA. Num vento, numa brisa... fez-me sentir a pior engenheira sentimental do mundo...
Hoje, preciso sempre saber como está essa minha metade que o vento levou... Todos os dias quero saber se ela está bem cuidada... As vezes até acho que tomaria conta melhor dela em determinadas situações, mas em outras... Acho mesmo que não coloquei telhado na espera da estrela cadente...
Esperança, isso tornou-se um lema. Do vento do atlantico norte soprar numa diagonal, e trazer de volta minha melhor porção.
E hoje, se eu ainda tiver MORAL pra dar um conselho a quem esta numa dessas construções, eu diria.. " DEIXE A VIDA TE LEVAR, O VENTO SOPRAR... SEJA BALÕES AO BEL' PRAZER DA VIDA..."
Jinhusssssss...esses, são apaixonados!!!!