sexta-feira, 3 de abril de 2009

Necessidade de afeto


Fico pasma com a prioridade de algumas pessoas.
Aceitam fazer prioridades pessoas que as tem por opção.
Ou fazem de uma mera opção sua prioridade, confundindo carência com amor.
Inacreditável essa necessidade que temos de ter alguém ao nosso lado, mesmo sendo esse alguém tão sem afinidades, tão na contra-mão daquilo que queremos ...
Mulheres, sim, nós MULHERES...somos as campeãs.
Muitas não sabem viver a solidão do termino de um relacionamento.
Dar um tempo para si, é fundamental. Fazer uma espécie de balanço de si, colando partes, limpando os porões do coração, abrir as cortinas, deixar o sol da esperança renovar seu eu... Pesar na balança o que foi bom, o que sobrou de bom, o que aprendeu-se de bom...é BOM!
Não entregar-se aos primeiros braços abertos prontos a te envolver numa atitude instintiva de apoio...achar que esses braços abertos são o Porto Seguro, a tábua para sua salvação melancólica. Quantas expectativas!
5 anos acompanho a trajetória dessa que me deu inspiração de hoje.
Casada quando a conheci. Um dia chorava ao meio da praça. No meu silêncio, fui oferecer um copo com água e acúçar...um abraço amigo... um lenço, além de um bom ombro para chorar se quissesse. Ela o fez... chorava pelo fim daquele relacionamento.
Passaram 5 dias. Outra mulher eu encontrava naquela pessoa. Não me engano! Um novo amor a dominava.
Deixou-se levar pelo apoio interesseiro de um alguém casado.
Quem é feliz passando por cima da felicidade do seu próximo?
Alguns vexames depois, lá estava com outro. Mas ele tinha um defeito. Grave. Mas ele não escondeu, foi sincero, ela aceitou, apesar de ser contra seus valores pessoais, afinal, a regra é: não estar só..mesmo que mal acompanhada... (??!!)
Não sei precisar quanto tempo está assim. Hoje pediu-me uma opinião. Disse que aquele defeito era terrível e tal...que ela havia sido louca quando o aceitou.
Interrompi. Não! Mentia! Sabíamos que era uma desculpa para dar um MOTIVO aquela insatisfação porque, certamente, havia outro em cena.
A principio , a negação, obvio. Um olhar mais inquisitor, a firmeza na voz quando respondi ante essa veemente negação: " Sou eu.. Pra mim não precisa, lembra, lembra?"...
Pronto, bastou para descer o olhar a terra e confessar... O ex marido estava na redondeza.
Cheguei em casa pensando nisso. Porque, em nome do 'MEDO' de estar só, degradamos nós mesmo?
Estar só nos renova. Nos recicla.
Aprendemos, amadurecemos e evoluimos.
Mas...o que seria do azul se todos gostassem do verde...
Jinhus




2 comentários:

  1. É isso aí, a solidão apavora os fracos. Agora uma amizade é algo muito bom, trocar idéias, progredir, pois todo o mundo tem algo a ensinar. Mas a carência de afeto não é boa conselheira. Os melhores conselheiros são Deus e o travesseiro.

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  2. Parou por aqui amiga do peito, volta por favor. Atenda ao apelo do amigo que já desesperado com sua ausência não sabe mais o que fazer. Para que sua volta se verifique. Volte a blogar, pois seus blogs eram lindos e instrutivos!!!!!

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